Após
o brilhante Echoes from the Past e o
inconsistente Essence of Rhythm, Jimmy
Dludlu voltou, em 2001, com Afrocentric.
No
encarte do disco, vem definido ‘Afro’ como sendo “formas africanas ritmicamente organizadas” e ‘Centric’ como “culturas, estruturas, nações, tribos em um continente”, propondo-se,
portanto, o autor, com o álbum, a fazer uma viagem rítmica pelo continente
africano, ou seja, a uni-lo sob um único som.
Efectivamente,
Afrocentric foi o álbum que definiu o
que viria a ser a música de Jimmy Dludlu pelos álbuns seguintes: uma mistura
mais introspectiva do que retrospectiva entre as diversas culturas e ritmos africanos,
com guitarras acústica e eléctrica harmonizando entre si e músicas mais
melódicas e melancólicas.
Experimentações
com Pop (“One in Between”) e Bossa Nova (“Peaceful Moment”) não faltaram – sendo
que esses são os momentos baixos do álbum.
Aparecido
na viragem do milénio, Afrocentric marcou
também a viragem na música de Jimmy Dludlu (e na própria abordagem do Afro-Jazz). Um fantástico álbum, que
trouxe a assombrosa “River of Lost Dream” e a brilhante “Inyoni yia Phapha”.
por Niosta Cossa
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