Um disco curioso. Intrigante. “Um dos títulos
mais importantes e corajosos da fonografia brasileira” (http://somnegro.wordpress.com/2008/03/31/o-canto-dos-escravos-clementina-de-jesus-tia-doca-e-geraldo-filme/). E, também, um dos seus mais belos trabalhos.
Estes 14 cantos presentes no
disco, em tempos compostos e interpretados pelos ancestrais dos
negros benguelas, de São João da Chapada, em Diamantina, Minas Gerais, são
divinos.
Neste álbum, os cantos, minimalistamente recriados com base na “percussão
de troncos, xequerês, enxadas, cabaças, atabaques, agogôs, ganzás, caxixis e
afoxés tocados por Djalma Corrêa, Papete e Don Bira” (idem), em esforço par preservar sua pureza e força bruta, com as
interpretações de Geraldo Filme, Clementina de Jesus e Tia Doca, transformam-se
em pura arte.
Um álbum esplêndido, legado de um povo que, mesmo escravizado e afastado de
sua terra continuou a cantar. A cantar agarrado às suas raízes.
por Niosta
Cossa
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