Colectânea lançada em Fevereiro
de 1991, com a paz angolana em mente – paz que viria a ser assinada em Maio do
mesmo ano, em Bicesse –, Paz em Angola, como
o próprio título denuncia, celebra os dias de paz que se instalariam em Angola
por aqueles dias.
E os celebra da melhor maneira,
com (algumas d)as melhores músicas de Bonga e com o melhor do que o Kasukuta e
o Semba e a Kizomba têm por dar para se escutar.
Paz em Angola é um grande
álbum festivo, que, curiosamente, carrega amarguras (“Zé Kitumba”) e começa com
lamentos (“Olhos Molhados”). É exuberância, é alegria, é certeza de dias
melhores. Ouvido agora, 20 anos após o seu lançamento, para além de álbum
festivo, soa à um álbum reconciliador, que tinha o intuito de lavar mágoas e
cicatrizar as feridas que os angolanos haviam causado uns nos outros. E é por
isso que é cheio de força – claro, as grandes músicas contidas no álbum também
foram fundamentais para a força deste álbum que se mantém actual, passadas duas
décadas sobre seu aparecimento.
É um álbum esperançoso – até
nos dias angolanos de hoje. É Bonga no seu melhor.
por Niosta Cossa
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