Paul Simon já éra um compositor celebrado antes de Graceland. Aliás, já éra o maior compositor Folk/Pop/Rock americano após Bob Dylan. Deixara já grandes álbuns gravados na companhia de Art Garfunkel (Parsley, Sage, Rosemary and Thyme; Bookends; Bridge Over Troubled Water) e grandes músicas à solo (“Slip Slidin’ Away”; “Kodachrome”; “Still Crazy After All These Years”; “Late in the Evening”). Portanto, já nada tinha para provar. Contudo, com Graceland, ele foi longe demais.
Foi longe demais na sua concepção – álbum feito e gravado, quase que na sua totalidade, com músicos sul-africanos, estava ainda a África do Sul sob o regime do Apartheid. Foi longe na composição – fundindo o seu tradicional Folk americano com o Mbaqanga sul-africano.
Familiar e, simultaneamente, estranho (em relação à Paul Simon), surpreendente e fascinante, um dos melhores álbuns que o Universo tem para oferecer, Graceland é o álbum que, para o mundo, abriu as portas da (e para a) música sul-africana, e, para o futuro, legou possibilidades inesgotáveis à World Music.
por Niosta Cossa
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