Músico publicamente conhecido
desde a década 30, Moisés Manjate tem hoje 52 anos de idade. Há tempos deixou
de ser visto em palcos e nas festas de casamento porque arrumou o seu amplificador
com a falta de peças e encostou a sua viola já sem fios à parede, dedicando-se
ao seu trabalho na cooperativa de consumo do Bairro da Polana, esperando um dia
voltar a dedicar-se à música, logo que para tal houver condições. Não sabe
quando, mas espera.
Na entrevista que concedeu
à revista “Tempo” para a rubrica “Gente da Terra”, este artista da música
ligeira moçambicana, membro fundador do famoso conjunto Djambo e Djambo/70,
desenha a sua trajectória artística, cita alguns nomes de músicos que gosta e
de que não gosta, e critica a superficialidade do trabalho musical de muitos
agrupamentos e cantores da nova geração, sobre os quais pensa que muitos apenas
se preocupam em gravar e fazer nome.
Entrevista conduzida por Filipe Mata
Fotos de Naíta Ussene e arquivo do entrevistado
(extraída da Revista Tempo,
Edição 568, de 30 de Agosto de 1981)